segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A podridão dos amores incomuns



Vim aqui para destruir. Quem quiser me acompanhar, daqui para frente, deve saber uma coisa: não serão palavras bonitas. Quem continuar, nas próximas linhas; ainda que em caráter de curiosidade, deve se precaver: serei extremamente arrogante, incomum; verdadeiro. Talvez a época do ano, onde o sentimentalismo queira falar tão alto ou talvez a Nova Era. Sentimentalismo uma ova! Queremos é mais!

Homens e mulheres querendo de forma igual, mas em matéria diferente. Homem biológico, mulher botânica. Nova Era?! Que se dane o novo ser humano, ele ainda é primitivo demais para ser albergue da própria alma. O ser humano precisa amar! Mas o amar não tão singelo, nobre. O amar do rompimento! Amar da própria paixão. Amar da inconsciente paixão! Amar de errar muito, mas acertar quase sempre. Errar da cobiça, dos sete pecados; amar infernal.

Homens precisam demonstrar “autorretenção”. Caíram demais na ladainha feminina, de príncipes e coisa e tal. O homem nobre fracassou, hoje está no ostracismo da sala, assistindo um filme idiota. Homem precisa fincar território, como cachorro que mete os pelos pelas mãos e mija em todo canto do quintal. Homem que é homem precisa morder, ainda que de leve, ainda que consentida mordedura. Precisa marcar sua presa, mais além, marcar sua presença. As mulheres estão sentindo falta desse homem primitivo, de amor impensado e horas indeterminadas: cozinha, banheiro; com colchão ou não.

Mulheres sonsas são mulheres tão mais solitárias que as atiradas. A mulher que se entrega sempre; merece não se entregar nunca. Tem que ser determinada, objetiva. Menos Atenas, mais Amazonas. Mulher que quer porque quer, quase sempre não diz e convence ser servida. Mulher precisa pedir o esporro; decidir pela hora do xingamento; querer muitas vezes ser atrevida. Mulher que se atreve é complicada, mas também salutar. O casal agradece.

Mulher e homem estão numa mesmice de dar dó. Mas o homem anda perdendo território; sempre digo isso. Homem que é o sexo menor, menos conformado; mais exigente. Mulher não se conforma com uma porção de coisa, mas nunca pelo fato de ser mulher. Algumas mulheres até gostam da presença das mulheres (como homens se sentem bem com os homens). Mas nesse caso, sujeito específico do meu falatório: heterogeneidade dos sexos. Falo por causa própria: adoração pelas mulheres. A mulher se conforma em ser ela mesma, mas quase sempre quer emagrecer; mesmo quando não está nada gorda.

Fictício ou não, não sei se acredito ou devo acreditar em tudo que escrevo. Escrevo hoje com raiva, delirando. Escrevo sem pensar muito naquilo que vão dizer sobre o que eu infelizmente digo. Mas parece ser preciso, como uma espécie de sadomasoquismo literário, sofrido; “aromanceado”. Quero escrever sobre os homens que se sentem poderosos; mas estão a cada dia menos homens. Quero escrever sobre as mulheres, que andando seduzindo, e menos sensuais. Fazer um roteiro pornográfico, onde os personagens principais se amam, mas broxam em cada cena. O amor, nos dias de hoje, são de mulheres mal amadas e homens estupidamente sábios. O amor perdeu a graça, tão rápido e instantâneo. Só pode existir pelo álcool, algumas vezes pela droga; outras pela inaptidão certeira de amar.

Desaprendemos amar, essa geração tão infrutífera.

Mas o amor...

Ah! Mas nada melhor do que o amor para acalmar os ânimos. Sentar-se a frente ao mar, olhar pacientemente as ondas. Que frases te digo tão novas? Sempre as mesmas. Mas me escuta com paixão, ouve minhas relíquias. Nós nos beijamos calorosamente. Que planos tão maravilhosos, que amor que reconstrói todas minhas dúvidas; que rosto magnificamente belo.

Olhamos para o Sol, deitando esplêndido. Assim me regozijo de todas as palavras que não disse e me arrependo de todas que nunca deveria dizer.  



domingo, 22 de setembro de 2013

As filhas de Iansã

Nosso único colaborador do sexo masculino neste blog sempre que posta algo aqui marca com "mulheres que dirigem". Inspirada por este seu marcador e com o único intuito de falar sobre nós, mulheres, venho aqui, por meio da Orixá guerreira, prestar uma homenagem às guerreiras que todas possuímos.
Segundo o que aprendi, todo Orixá é uma força da Natureza, que nos auxiliam e nos guiam. Cada Orixá rege um tipo de força da natureza e Iansã é a Deusa do Rio Niger, na Africa, e a tempestade é seu poder manifesto. É a Orixá dos ventos, dos trovões e das tempestades. É uma guerreira que prefere lutar só. Tem como responsabilidade levar os espiritos perdidos (eguns) para seu devido lugar, pois se ficarem entre nós acabam, no mínimo, por roubar nossas energias. Iansã é moviento, é a força dos ventos que levam embora tudo o que é de ruim. 
Dizem que sua espada foi presente de Ogum (um Orixá guerreiro, rei e apaixonado por Iansã) mas eu acho que ela deve ter forjado sua própria espada porque mulher guerreira é assim, vai lá e faz, não espera ninguém se habilitar não!
Decididas e longe da submissão de tempos antigos, as mulheres de hoje dizem o que pensam, lutam por sua independência financeira, por direitos iguais.
Mas de tanta luta, se perderam. Quando brigar e quando baixar a guarda? Quando dominar e quando se deixar ser dominada? 
Lutamos tanto e agora precisamos colher os louros das batalhas, de alguém. Não de alguém para nos guiar, conhecemos o caminho e sabemos para onde queremos ir. Não precisamos de alguém a nossa frente pois não precisamos e nem quereremos seguir alguém. Muito menos precisamos ou queremos alguém que nos sigam!
Precisamos de alguém que nos dê a mão, que siga ao nosso lado, nos apoiando e sendo apoiado, nos amando e sendo amado. Precisamos de alguém que admiremos e que nos admirem!
Por isso caros leitores do sexo masculino, deixo aqui uma importante dica na arte da conquista: respeitem a guerreira que há em cada uma de nós, não nos temam, apenas respeitem. Se a conta do jantar fica por conta de vocês, por nossa conta ou se vai ser dividida não importa! Abram portas, puxem cadeiras. Nos tratem como rainhas porque, de alguma forma, somos todas um pouco filhas de Iansã. Algumas lutam por seu amor, por um lugar de destaque, por reconhecimento, outras por seus filhos, por sua família, por seu lar. Lutamos sozinhas nossas próprias lutas diárias desde que o mundo é mundo, desde quando defendíamos nossas aldeias quando os homens saíam para caçar.
E nós, as mulheres da atualiadade, saimos de casa todos os dias, beijamos nossos filhos e vamos para o mundo em busca de reconhecimento. Lutamos por um mundo melhor para todos.
Então minhas caras leitoras, toda vez que o vento soprar em seu rosto, olhe para o céu e saúde a guerreira que te auxilia. Saúde a força que há em toda mulher: 
Eparrei Iansã!


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Careta, canalha; outros gêneros limitados.


Homem é como um negócio, business. Lidar com homem é preciso profissionalismo, conhecimento; dedicação. Não posso passar mais do que meia dúzia de informações, pois seria uma traição a nossa categoria. Há segredos sobre conquistas que só são passados adiante em mesa de bar, regado ao mais puro e destilado (ou não) sabor etílico. Algumas coisas que os homens pensam sobre as mulheres que nunca serão reveladas, acreditem. Uma verdade aqui, outra acolá; o certo é que nós, na maioria das vezes no papel de “conquistante”; preferimos não abrir a retaguarda diante da “conquistada”.

Não gosto da palavra conquistador, é pejorativo. É quase machismo puro. Conquistante dá um papel ativo na conquista, mas não repressor. Pois bem, o conquistante mudou o rumo, a forma. O meio da conquista sofreu  uma mutação diante da mudança da conquistada. As mulheres são diferentes, elas dirigem. Elas decidem. Elas mandam. Homem não pode ser apenas conquistador, como lado terrível e dominante do objeto; mas deve ser também parceiro. Deve ser conquistante em sua nova ação, mas não pode ser como era antes; quem mandava. Substantivo existente ou não, será assim por diante: conquistante. Mulheres; pensem bem: nós, homens, estamos numa crise enorme. Precisamos de ajuda. Por isso temos que guardar alguns segredos. Sete chaves. Alguma coisa dita na mesa dos bares, mas sem a presença feminina.

Não adianta perguntar mais nada sobre isso: já disse muito até agora.

Ajuda? Sim. Posso dizer algumas coisas sobre o quê nos queremos, ou pelo menos alguns homens querem. Não posso generalizar, pois além de ser incoerente com a realidade, seria imprudente. Já não sabemos mais como e onde conquistar uma mulher, isso parece ser uma máxima aceitável.  Perdemos o conhecimento da arte conquistante. Até nos esforçamos, outros até conseguem certo sucesso; mas na maioria das vezes a mulher aceita conversar, ficar; namorar ou qualquer coisa com um homem apenas por piedade. Parece ser uma coisa forte a necessidade da piedade no relacionamento, mas a realidade é assim mesmo, muito cruel.

A mulher, maioria; decide tudo: Admite o papo sobre o vídeo game, sobre o esporte preferido do homem; sobre o carro do ano e sobre qualquer bobagem que costumamos repetir sem qualquer conhecimento. Sim, a mulher, por piedade, até admite que o homem esteja certo, mesmo quando ele está errado. Não pensem que estou dizendo isso por estar num ambiente apropriado para isso, onde falar bem de uma mulher é fácil, aceitável e de concordância da maioria. Estou fazendo isso não por média, mas por revelar a mea culpa: o homem precisa ser mais homem, oras.

Homem no sentido mais amplo, mais atual; ainda assim conservador. Não é a questão de hombridade caracterizando machismo ou outro eufemismo para falar sobre sua brutalidade. Mas ser homem com o famoso “H” maiúsculo, de corajoso e coerente; companheiro. Esse “H” que carrega muitas qualidades, outros tantos defeitos; mas que dá a correta definição do que é ser verdadeiro, fazer companhia; ser o braço esquerdo da mulher. Homem com tais qualidades são a raridade num mundo onde a sensibilidade é confundida, onde a paixão é mal vista; onde o romantismo é tão demodè. “É encostar em seu peito, e se isso for algum defeito, por mim tudo bem.” O homem precisa saber que precisa ser muito homem para ser aquilo que as mulheres precisam e querem.

Mas ai tudo acabaria sem graça. O homem que é exatamente como a mulher quer ficará com cara de cachorrinho passeando no parque. O homem precisa bater o pé, ser intransigente para alguns caprichos femininos. O homem não nasceu para shopping, não duvidem. Admite a área de refeição, algumas vezes o cinema; de resto não sobra nada para o homem. Tampa da privada? Qual o problema em deixá-la levantada? É dos nossos ancestrais esse negócio de marcar o território! Não liguem; mulheres, para a inutilidade da tampa da privada para os homens! Futebol com cerveja não é ambiente para esposas, acreditem! Cueca, meias e sapatos usados são desprezíveis, por isso adoramos deixa-los em qualquer canto.


A arte da conquista passa a de múltiplos gêneros. O homem precisa saber fazer bem sua parte, a mulher decidir o que quer do homem. Uma coisa é certa: a concordância em número, gênero e grau não trará benefícios, mas fará da vida, ou da conquista, um marasmo tedioso para qualquer relacionamento; com amor ou não. A conquista, portanto, hoje é tão divertido como essencial; e os limites continuam definindo quem faz o papel de conquistante e quem é o conquistado.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Quando a gente não pode dizer não- Por Fernando Esteves

Estar desempregado, por vezes, é uma experiência única. Saber que a programação da TV, no horário da manhã, continua a mesma porcaria, descobrir que seu vizinho consegue fazer mais barulho que o cara que fica no balcão enchendo o saco de todo mundo. Agora, o problema é quando sua mulher percebe que você está ali, sem muito o que fazer, sem poder reclamar de um dia cansativo, pois até ali não fiz nada e, numa única frase fulminante, diz: " Vamos dar uma chegada na 25??". Não há como negar um pedido feito de forma tão doce, mesmo porque, negar esse pedido pode ter consequências muito graves no futuro. Da aventura de achar um local para estacionar, que não precise deixar o carro como pagamento, de tão caro, até conseguir acompanhar minha mulher no meio de tanta gente ( as vezes tenho a impressão que ela, antes de ir até lá, ensaia com todos para que eles não se esbarrem e eu, claro, não participei desse ensaio ), onde um te oferece um relógio, outro passa um aparelho de massagem nas costas das meninas, sem saber que, por total carência, são os rapazes que gostam disso e, o grande clímax, um rapaz oferecendo a camisa do Sheik, "o viadinho do corinthians", detalhe, deiz real. Já havia muito tempo que não passava por essa experiência e, a cada saída, fico me perguntando como ela consegue entrar em cada loja, olhar tudo, perguntar por algumas coisas e, no final, não levar nada. Enfim, o ócio de não trabalhar é muito chato, mas passar alguns momentos com minha mulher, num mundo que é dela, e senti-la feliz por isso, não tem preço.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Saudade, saúde e outras reclamações.



Hoje é dia de festa. Mas, bem, estou sozinho. Sentado, vendo a televisão. Eu me levanto, às vezes, para caminhar pela sala. Não há programação para os solitários, apenas falatório. Novela, telejornal e jogo de futebol. Não preciso prestar atenção em nada, não me dizem nada. Não preciso de dinheiro, nem de conselhos; mas preciso de você, um pouco. Preciso nem que seja uma ligação, um comentário qualquer; um recado. Hoje é dia de festa, seria dia de festa se não estivesse faltando tantas coisas. Senão é tédio. E eu, que gosto de você, ainda; o que direi aos meus dias daqui para frente?

O meu futuro repleto, os meus dias cheios e minha paciência embora.

Tenho algumas reclamações piores sobre a vida, mas hoje prefiro me manter tão sereno quanto inaudível. Sabe?  Resmungando para mim, bem baixo e indecifrável som. Mulheres odeiam homens reclamando, vice-versa. Mas nós suportamos melhor uma mulher reclamando. Amamos mesmo assim. E eu, que tão diferente de mim mesmo nos últimos anos, talvez, por relapso; não tenha conseguido te agradar. Por que foge? Ora. Não preciso de resposta, mas preciso de solução. Eu sei, vai chegar uma pessoa, daqui a pouco, vai bater na porta; mas não é a pessoa que eu amo. Amor é complicado. Mulheres odeiam homens que reclamam do amor. Homem que ama muito é homem com problema sério. Mas, diferente do que possam querer, ou imaginar; já me adianto: não amo. Eu apenas amo amar; amo sofrer quando posso; amo a saudade de um grande e injustificável amor. Amo ter saúde para reclamar do amor. Amo suas reclamações.

Coisa minha, não serve para o gênero.

Mas, de repente, a porta abre. E aquela pessoa que eu não amo, ou que penso não amar; vai ser o amor da minha vida. Daqui e em poucos instantes. Até a hora que não for mais. Amor instantâneo e prático. Até a hora que sair pela porta dizendo que nunca mais vai voltar. Não vá embora! Penso com sofreguidão, penso na solidão; penso na festa. Eu me adiantando a tudo que pode acontecer. E quando for embora, vou sentir a mesma saudade; o mesmo amor; e dar a mesma explicação absurda para meus sentimentos. Amo no sentido completo, mítico. Amo não uma pessoa, uma mulher de cabelos longos ou curtos; amo as mulheres, em geral. Todas. Que me deixaram ou não. Amo as mulheres como agora te amo, creia em minhas palavras.

Ela joga o presente no chão. Não que tenha sido caro, mas no momento foi um desperdício.  Mulheres não adoram presentes, elas adoram a situação em que estão recebendo o presente. Mulheres são menos materialistas do que podemos imaginar. Mulher ama o dinheiro quando traz o sossego, a explicação para a vida e o conforto. Mas não ama alguém por dinheiro, ama por conforto e segurança. Não estou falando de todas as mulheres, mas aquelas com quem me relacionei. Bobagem. É uma tremenda bobagem pensar que as mulheres só pensam no dinheiro. Ela pega o presente no chão, arrependida. Eu seguro seus braços: “Vamos assistir a um filme? Comer alguma coisa? Você está nervosa. Não acredite em tudo que dizem sobre mim”.

Eu sei que ela vai embora daqui a pouco.

Hoje seria nossa festa. Dois se abraçando, se beijando com a música. Não é preciso muito para qualquer diversão. Quando há amor, a festa é imune ao marasmo, ao silêncio e a embriagues. Nós bebemos mais do que podíamos, e eu sei que ela vai embora. Festa: eu me sinto bem sozinho, essa televisão ligada; o amor incondicional. Amo todas as mulheres, mas o amor de apenas uma: aquela que está comigo. É preciso ser tão ilógico quando se fala sobre o amor? Menti em alguns momentos, mas não podia ter mentido agora: hoje era dia de festa. Acabou sendo uma briga. Idiota, sem sentido. Imperdível, dizem os vizinhos.

Não estarei mais quando a campainha tocar por duas ou três vezes.





quarta-feira, 12 de junho de 2013

Os motivos de Nene ainda estar solteira

Dia dos namorados! Não há data mais coerente para responder à pergunta que muitos me fazem e que eu sempre me esquivo da resposta: Como uma mulher como você está sozinha?
Bom, fazendo um paralelo com o mercado de trabalho, a vaga está aberta mas não há candidatos que preencham o perfil da vaga.
Aí vocês vão me dizer que eu sou muito exigente, coisa e tal... Não é bem assim! Há candidatos que se inscrevem para a vaga de confeiteiros sem nunca ter entrado numa cozinha!!! 
"Tá vendo! Você é muito exigente!" sigo na minha afirmação de que não é bem assim.
Para mim a admiração pelo parceiro é coisa primordial num relacionamento. Não vou dizer que não admirei nenhum dos "candidatos", mas  há os que se inscrevam para a vaga sem estarem disponíveis, ou aparecem só pra "dar uma olhadinha" sem compromisso. 
Mas existem opiniões de terceiros sobre os porquês de eu seguir solteira. Minha amiga e co-autora deste blog, por exemplo, diz que eu sempre procuro o "impossível", que dou chance pros candidatos que sabidamente não darão certo. Fuga? Medo do compromisso? Talvez...
E esse pensamento me leva a outro fator muito importante, que aprendi a duras penas: a gente não pode dar o que não possui. É lógico que eu tenho amor, mas por muito tempo não fui capaz de me amar. Oras, como eu vou querer que alguém me ame se nem mesmo eu consigo? É tentar preencher um copo vazio com ar!!! Não posso buscar no outro o que eu não acho em mim simplesmente porque vai continuar sendo do outro, porque eu vou continuar com o espaço não preenchido.

Então, prezados leitores, lhes digo que, ao invés de ficarem declamado a ladainha do "ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de meu amor" se você não descobrir que apesar dos defeitos (que todos nós temos) você também tem qualidades. Aceite-os! Permita-se ser imperfeito! Reconheça cada erro, cada traço de sua personalidade que lhe incomoda e trabalhe nisso, melhore-se!
E enfim, quando estiver sozinho e sorrindo, você verá que sua felicidade depende só de você!
Beijos
Ne

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O flit paralisante qualquer.


 

Hoje eu quero o silêncio. Um pouco, que seja. Sem barulho das pessoas, sem resmungo dos carros. Quero olhar um filme na televisão, sem som. Quero apenas imagens passando de um lado para outro. Mas quero imagens que não possam interagir comigo. Imagens estanques e frias. Imagens distantes e bonitas. Queria uma voz, mas minha voz é nula e vazia. Falo sozinho, às vezes. Mesmo que me olhem, respondam e argumentem; sei que estou sozinho. Não é brincadeira essa coisa da solidão, ela pode nos pegar em cheio mesmo quando estamos rodeados de pessoas. Pessoas amigas, conhecidas ou não.

Quero deitar no sofá e esperar o tempo passar. Mas sem perceber o tempo. Sem relógio funcionando. Os ponteiros parados. Em muitas ocasiões ele é meu inimigo, assim como calendário. Eles me dizem que as coisas continuam funcionando; que o mundo não parou; nem vai parar. Que não importa minha decisão agora, de continuar olhando para o nada (sem som), amanhã ou depois de amanhã tenho que voltar ao trabalho, encontrar as pessoas e conversar sobre o dia-a-dia. Mas não há nada de novo nelas, nem em mim; continuam insinuando a vida; especulando a felicidade; esperando pelo fim do mundo.

O fim do mundo virou tema freqüente em minhas memórias, só me lembro dele no futuro. Qual o futuro? Sabemos o presente, tão discreto. Agora mesmo: o silêncio, a televisão e a ausência. A falta de tudo; falta de coisas para imaginar; falta de sonho. Sofro com a falta de sonho, com o futuro incerto.  E a bebida fica quente mais rápido, o gosto amargo na boca mais comum; a dor de cabeça quase diária. Quero o silêncio dos meus dias, um silêncio onde não possa ouvir mais a minha voz dizendo coisas que eu devo ou não fazer. Quero a imagem da improbabilidade, pelo menos nos  próximos minutos, enquanto o relógio e o calendário não mandarem na minha vida.

Entendo agora a bomba, o flit paralisante qualquer. Mas eu queria sair desse prático efeito, das minhas próprias frases feitas e das minhas noites imperfeitas. Sim, algum poeta disse isso com propriedade, e o poeta está vivo. E que poeta eu sou? Sou afinal um poeta? Poetas são monstros da carnificina humana, tediosos pelo cotidiano; liderados pelo desamor e pela derrota do ego. Mas poetas são construtores também, um legado da imagem linda, harmoniosa e deslumbrante do ser humano. O poeta enxerga amor na completa solidão, às vezes. E na escuridão, quando requer ser mais contundente, a luz da compaixão.

Mas hoje não quero ser poeta, que não sou. Nem quero ser qualquer coisa. Lembrando essa nossa conversa: hoje eu quero silêncio. E mais além agora nessa minha estadia no nada, quero também as imagens desligadas. Elas podem passar de um lado para o outro, podem fazer barulho; mas eu estarei do mesmo jeito, inacessível. O externo do mundo não me fará falta, mesmo que abunde. Nem o interno será presente; mesmo que sobre. Quero o nada revivendo todo o instante desses poucos segundos; entre o caminho do passado e o mapa do futuro. Quero agora mesmo restaurar as coisas, as devidas coisas em seus lugares.

E só assim, com esse renascimento, estarei pronto para a vida novamente. Só assim rasgarei o contrato, pedirei anulação das dívidas; retratarei minhas faltas. É preciso morrer simbolicamente para nascer na compreensão. É preciso esquecer que as coisas não estão como queríamos, para aprender que estão como deveriam. Essa opção pelo melhor caminho não é anulação, nem derrota; mas submissão. Submissão pode não ser algo pejorativo, mas de esperança e fé. A submissão da vida como a vida realmente é, simplesmente.

É por isso que hoje, tão rebelde e insubordinado, quero apenas o silêncio. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Falar é fácil....

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu" Chico Buarque
É... O começo dessa música me cai bem nos dias tristes. Ás vezes tenho dias tristes, chuvosos, onde acho que não vou encontrar meu grande amor da vida toda. Nesses dias me enfio numa "concha" de tristesa e autopiedade.
"Day Home Spa-DHS" ou um dia em que eu me cuido aqui em casa mesmo, com máscaras faciais, manicure e pedicure, banhos esfoliantes e outros mimos a minha própria pessoa costumam resolver o problema.
Mas hoje a chuva lá fora se somou à chuva aqui dentro e nem meu DHS deu certo...
Existem várias teorias sobre como a gente deve ser, que só é amado quem se ama, mas na verdade, o amor real e palpável faz muita falta no dia a dia. E não há fórmula ou remédio santo que dê conta de resolver isso. A gente não nasceu pela metade, mas sem amor se sente incompleto...
É... Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia...
Bjks
Ne