sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Careta, canalha; outros gêneros limitados.


Homem é como um negócio, business. Lidar com homem é preciso profissionalismo, conhecimento; dedicação. Não posso passar mais do que meia dúzia de informações, pois seria uma traição a nossa categoria. Há segredos sobre conquistas que só são passados adiante em mesa de bar, regado ao mais puro e destilado (ou não) sabor etílico. Algumas coisas que os homens pensam sobre as mulheres que nunca serão reveladas, acreditem. Uma verdade aqui, outra acolá; o certo é que nós, na maioria das vezes no papel de “conquistante”; preferimos não abrir a retaguarda diante da “conquistada”.

Não gosto da palavra conquistador, é pejorativo. É quase machismo puro. Conquistante dá um papel ativo na conquista, mas não repressor. Pois bem, o conquistante mudou o rumo, a forma. O meio da conquista sofreu  uma mutação diante da mudança da conquistada. As mulheres são diferentes, elas dirigem. Elas decidem. Elas mandam. Homem não pode ser apenas conquistador, como lado terrível e dominante do objeto; mas deve ser também parceiro. Deve ser conquistante em sua nova ação, mas não pode ser como era antes; quem mandava. Substantivo existente ou não, será assim por diante: conquistante. Mulheres; pensem bem: nós, homens, estamos numa crise enorme. Precisamos de ajuda. Por isso temos que guardar alguns segredos. Sete chaves. Alguma coisa dita na mesa dos bares, mas sem a presença feminina.

Não adianta perguntar mais nada sobre isso: já disse muito até agora.

Ajuda? Sim. Posso dizer algumas coisas sobre o quê nos queremos, ou pelo menos alguns homens querem. Não posso generalizar, pois além de ser incoerente com a realidade, seria imprudente. Já não sabemos mais como e onde conquistar uma mulher, isso parece ser uma máxima aceitável.  Perdemos o conhecimento da arte conquistante. Até nos esforçamos, outros até conseguem certo sucesso; mas na maioria das vezes a mulher aceita conversar, ficar; namorar ou qualquer coisa com um homem apenas por piedade. Parece ser uma coisa forte a necessidade da piedade no relacionamento, mas a realidade é assim mesmo, muito cruel.

A mulher, maioria; decide tudo: Admite o papo sobre o vídeo game, sobre o esporte preferido do homem; sobre o carro do ano e sobre qualquer bobagem que costumamos repetir sem qualquer conhecimento. Sim, a mulher, por piedade, até admite que o homem esteja certo, mesmo quando ele está errado. Não pensem que estou dizendo isso por estar num ambiente apropriado para isso, onde falar bem de uma mulher é fácil, aceitável e de concordância da maioria. Estou fazendo isso não por média, mas por revelar a mea culpa: o homem precisa ser mais homem, oras.

Homem no sentido mais amplo, mais atual; ainda assim conservador. Não é a questão de hombridade caracterizando machismo ou outro eufemismo para falar sobre sua brutalidade. Mas ser homem com o famoso “H” maiúsculo, de corajoso e coerente; companheiro. Esse “H” que carrega muitas qualidades, outros tantos defeitos; mas que dá a correta definição do que é ser verdadeiro, fazer companhia; ser o braço esquerdo da mulher. Homem com tais qualidades são a raridade num mundo onde a sensibilidade é confundida, onde a paixão é mal vista; onde o romantismo é tão demodè. “É encostar em seu peito, e se isso for algum defeito, por mim tudo bem.” O homem precisa saber que precisa ser muito homem para ser aquilo que as mulheres precisam e querem.

Mas ai tudo acabaria sem graça. O homem que é exatamente como a mulher quer ficará com cara de cachorrinho passeando no parque. O homem precisa bater o pé, ser intransigente para alguns caprichos femininos. O homem não nasceu para shopping, não duvidem. Admite a área de refeição, algumas vezes o cinema; de resto não sobra nada para o homem. Tampa da privada? Qual o problema em deixá-la levantada? É dos nossos ancestrais esse negócio de marcar o território! Não liguem; mulheres, para a inutilidade da tampa da privada para os homens! Futebol com cerveja não é ambiente para esposas, acreditem! Cueca, meias e sapatos usados são desprezíveis, por isso adoramos deixa-los em qualquer canto.


A arte da conquista passa a de múltiplos gêneros. O homem precisa saber fazer bem sua parte, a mulher decidir o que quer do homem. Uma coisa é certa: a concordância em número, gênero e grau não trará benefícios, mas fará da vida, ou da conquista, um marasmo tedioso para qualquer relacionamento; com amor ou não. A conquista, portanto, hoje é tão divertido como essencial; e os limites continuam definindo quem faz o papel de conquistante e quem é o conquistado.

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