Homem é como um negócio, business. Lidar
com homem é preciso profissionalismo, conhecimento; dedicação. Não posso passar
mais do que meia dúzia de informações, pois seria uma traição a nossa categoria.
Há segredos sobre conquistas que só são passados adiante em mesa de bar, regado
ao mais puro e destilado (ou não) sabor etílico. Algumas coisas que os homens
pensam sobre as mulheres que nunca serão reveladas, acreditem. Uma verdade
aqui, outra acolá; o certo é que nós, na maioria das vezes no papel de
“conquistante”; preferimos não abrir a retaguarda diante da “conquistada”.
Não gosto da palavra conquistador, é
pejorativo. É quase machismo puro. Conquistante dá um papel ativo na conquista,
mas não repressor. Pois bem, o conquistante mudou o rumo, a forma. O meio da
conquista sofreu uma mutação diante da
mudança da conquistada. As mulheres são diferentes, elas dirigem. Elas decidem.
Elas mandam. Homem não pode ser apenas conquistador, como lado terrível e
dominante do objeto; mas deve ser também parceiro. Deve ser conquistante em sua
nova ação, mas não pode ser como era antes; quem mandava. Substantivo existente
ou não, será assim por diante: conquistante. Mulheres; pensem bem: nós, homens,
estamos numa crise enorme. Precisamos de ajuda. Por isso temos que guardar
alguns segredos. Sete chaves. Alguma coisa dita na mesa dos bares, mas sem a
presença feminina.
Não adianta perguntar mais nada sobre isso:
já disse muito até agora.
Ajuda? Sim. Posso dizer algumas coisas
sobre o quê nos queremos, ou pelo menos alguns homens querem. Não posso
generalizar, pois além de ser incoerente com a realidade, seria imprudente. Já
não sabemos mais como e onde conquistar uma mulher, isso parece ser uma máxima
aceitável. Perdemos o conhecimento da arte
conquistante. Até nos esforçamos, outros até conseguem certo sucesso; mas na maioria
das vezes a mulher aceita conversar, ficar; namorar ou qualquer coisa com um
homem apenas por piedade. Parece ser uma coisa forte a necessidade da piedade
no relacionamento, mas a realidade é assim mesmo, muito cruel.
A mulher, maioria; decide tudo: Admite o
papo sobre o vídeo game, sobre o esporte preferido do homem; sobre o carro do
ano e sobre qualquer bobagem que costumamos repetir sem qualquer conhecimento.
Sim, a mulher, por piedade, até admite que o homem esteja certo, mesmo quando
ele está errado. Não pensem que estou dizendo isso por estar num ambiente
apropriado para isso, onde falar bem de uma mulher é fácil, aceitável e de
concordância da maioria. Estou fazendo isso não por média, mas por revelar a mea culpa: o homem precisa ser mais
homem, oras.
Homem no sentido mais amplo, mais atual;
ainda assim conservador. Não é a questão de hombridade caracterizando machismo
ou outro eufemismo para falar sobre sua brutalidade. Mas ser homem com o famoso
“H” maiúsculo, de corajoso e coerente; companheiro. Esse “H” que carrega muitas
qualidades, outros tantos defeitos; mas que dá a correta definição do que é ser
verdadeiro, fazer companhia; ser o braço esquerdo da mulher. Homem com tais
qualidades são a raridade num mundo onde a sensibilidade é confundida, onde a
paixão é mal vista; onde o romantismo é tão demodè.
“É encostar em seu peito, e se isso for algum defeito, por mim tudo bem.” O
homem precisa saber que precisa ser muito homem para ser aquilo que as mulheres
precisam e querem.
Mas ai tudo acabaria sem graça. O homem que
é exatamente como a mulher quer ficará com cara de cachorrinho passeando no
parque. O homem precisa bater o pé, ser intransigente para alguns caprichos
femininos. O homem não nasceu para shopping, não duvidem. Admite a área de
refeição, algumas vezes o cinema; de resto não sobra nada para o homem. Tampa da
privada? Qual o problema em deixá-la levantada? É dos nossos ancestrais esse
negócio de marcar o território! Não liguem; mulheres, para a inutilidade da tampa
da privada para os homens! Futebol com cerveja não é ambiente para esposas,
acreditem! Cueca, meias e sapatos usados são desprezíveis, por isso adoramos deixa-los
em qualquer canto.
A arte
da conquista passa a de múltiplos gêneros. O homem precisa saber fazer bem sua parte, a mulher decidir o que quer do homem. Uma coisa é certa: a concordância em número, gênero e grau não trará benefícios, mas fará da vida, ou da conquista, um marasmo tedioso para qualquer relacionamento; com amor ou não. A conquista, portanto, hoje é tão divertido como essencial; e os limites continuam definindo quem faz o papel de conquistante e quem é o conquistado.
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