Mulheres que dirigem

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Não sei o motivo de estar aqui (afinal de contas seria muito deselegante não aceitar o convite). Conheço as donas desse espaço há bastante tempo. Na verdade a palavra “conhecer” tem lá suas particularidades. Nunca sabemos sobre uma pessoa o tanto que gostaríamos (mesmo assim afirmamos isso em alto e bom som). A estranheza geral pode ainda ser pior: Um homem invadindo um espaço feito por mulheres e para mulheres. Em nenhum momento passou pela cabeça da trupe em generalizar o espaço. O nome ficou no feminino mesmo, como não deveria deixar de ser. “Conselheiras do Amor”.

Não serei uma “conselheira”, por gênero e grau. Os conselhos de um homem não servirão para quem procura o desabafo, a troca de idéias e a manifestação de ideais. Assim, aqui continuará sendo um espaço de mulheres para mulheres; com uma pequena participação especial minha; em assuntos pontuais e impares. E o interessante é que, sendo eu escritor no masculino; vou ter que me desdobrar para não criar caso com o “eu” feminino. Um grande exercício para mim, que tenho lá certa dificuldade em ser mais maleável com as palavras.

Mas qual o motivo de ter sido convidado? Bom, não sei. Possivelmente por eu ter outros espaços, onde falo de diversos assuntos. Em dois deles eu sou majoritário, e dois deles em participações. Falo sobre literatura no FOLHETIM HOJE É VINTE, falo sobre futebol no PATATIVA DA BOLA. No INFORMAÇÃO VIRTUAL eu falo sobre diversos cinema, música e política (Coluna Desconectado e Politicavoz). Comecei também minha participação no ABSY DESIGNER, onde falo sobre comportamento. Nada mais interessante do que, nesse momento, falar de todos esses assuntos para um público específico: o público feminino.

Assim, batizo meu espaço de MULHERES QUE DIRIGEM. Um homem que participa de um espaço “ultra-feminino” só pode ter duas certezas: elas tem seu espaço (e eu sou apenas um mero participante). E elas realmente é que dirigem. Mulheres que dirigem é uma ode ao novo comportamento feminino. Não é apenas uma questão de possuir todas as qualidades de liderar, mas também de assumir essa postura. As mulheres dirigem suas vidas, e isso é muitas vezes um contragosto aos homens indecisos e coadjuvantes. Mulheres dirigem suas carreiras, seus estudos; quase sempre são responsáveis pela educação dos filhos.

O sexo frágil é uma questão de tempo.

Enfim, minhas participações especiais não terão qualquer relação com as conselheiras. Ainda não sei como será, só sei que não contarei minha vida amorosa; como essas malucas andam fazendo. Vou dizer por crônicas, talvez artigos; quem sabe contando alguns casos do que eu ouvi e li por ai. Uma coisa é certa: a ficção será minha companheira fiel.

Apesar, não sei se conheço a ficção direito. Como eu disse, conhecer tem lá suas particularidades.