quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Homens nervosos, noivas histéricas.


Os homens estão desmoralizados, mas vamos ser sinceros: não é só culpa deles. É claro que eu não quero me indispor com um espaço tão feminista, mas a realidade é uma coisa que não pode ser colocada debaixo do tapete. A história é longa, espero não ser penoso até a conclusão. Dizer o que se pensa abre qualquer opção de dizerem o que se pensa de você: espero não contentar todo mundo, mas apenas ser compreendido no meu ponto de vista. Longe de qualquer pictografia filosófica ou moral; nas paredes da história apenas a fotografia de uma observação humana e incondicional: não servirei de herói nem para feministas, nem para machistas.

Exatamente por essa isenção de privilégios, digo que não apenas os homens são culpados. Pode até existir um tempo, no cronograma da história, em que o homem pensou ser dominante da situação sexual e afetiva. Às mulheres restava apenas a migalha da atenção. Eis que elas exigiam não apenas o normal, mas a intensa consideração dos homens. Por isso, naquela época, eram tão ciumentas, possessivas e neuróticas. Os homens, em seu instinto mais primitivo (não disse que eles têm razão), davam motivos para as mulheres o rotularem como seres “imprestáveis”. Homens não prestam! Moralmente falando.

Mas as mulheres mudaram. Graças à evolução da espécie elas mudaram! Darwin ficaria fascinado se pudesse comparar a mulher de ontem e a mulher de hoje. As mulheres dirigem a vida, governam; mandam. As mulheres de hoje são mais ativas e mais agressivas do que as de ontem. Agressividade não tem qualquer relação com violência, mas com atividade. As mulheres sempre foram poderosas, pela sedução; dessa vez querem ser poderosas pela “masculinização”. É nesse ponto que as coisas complicam: há uma linha muito estreita na modernização da mulher entre ser a “mulher” atividade e ser o “homem” em passividade. Mulher e homem são conceitos humanos ultrapassados, mas ainda compreendem um papel extraordinário em seu aspecto metafísico.

Nesse papel transcendental a “mulher-atividade” de hoje ainda tem certas influências da “mulher-passividade” de ontem: querem carinho, colo e admiração. Mas não querem essas ações de modo digital, querem ainda em modo analógico. Um homem que chama uma mulher para jantar e pede para repartir a conta faz dois papéis: o cavalheirismo de outrora com homogeneidade de agora. Os direitos iguais da revolução sexual não predizem maus-trados às mulheres, mas uma igualdade de condições.

Abrir a porta do táxi: cavalheirismo. Ambos trabalharem: igualdade. Elas saírem com as amigas: isonomia. Todos os conceitos das relações modernas têm intrínseca a mentalidade da harmonia. Não tanto ao céu, nem tanto a terra. A “gentilidade” do homem, em tantas ações de um verdadeiro cavalheiro; deve obedecer à critérios modernos da relação. Alguns se esforçam nesse sentido, mas parece que as mulheres, algumas, ainda não entenderam a profundidade da mudança que elas programaram para suas existências.

A mulher não pode cobrar do homem que ele ainda tenha o romantismo do passado. Os seres não são mais os mesmos. O carinho, a compreensão e a tolerância continuam com seus conceitos clássicos; mas o cavalheirismo caiu por água abaixo nas últimas décadas. Como eu disse, dividir a conta do restaurante, ou trocar as responsabilidades no ambiente doméstico é o novo padrão da relação entre homem e mulher. Mas não apenas isso: assim como a mulher deixou (ou nunca foi o sexo frágil), é possível que a fragilidade ganhe novo aspecto para homens e para mulheres.

Assim, o geral que diz que “nenhum homem presta” não tem a observação de que “alguns homens prestam”. A generalização oprime e inibe a boa conduta dos homens, que podem estar à espreita nos bares, restaurantes e “baladas” esperando que a “nova mulher-atividade” não o transforme no bode-expiatório de uma relação de séculos. A harmonia da nova relação, que distribuiu melhor os direitos também aguarda o que se cumpram os deveres.

Os homens reais ficam nervosos na presença de uma mulher: podem não saber como e até onde elas são “ativas”. Em compensação as mulheres continuam histerias: o homem tão próximo e tão atraente pode ser o retorno do passado zombeteiro. Homens e mulheres se atraem, mas este teme o presente, esse repulsa o passado.
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Quando o amor acaba....

Dê um namorado a uma garota e ela se transforma em uma especialista em relacionamentos.  Gossip Girl 
Nós três aqui somos especialistas em "voadeira"! kkkkk
Então vamos ao que interessa. O que fazer quando o amor acaba apenas para uma das pessoas?
Perguntinha difícil essa hein?!
Vamos começar pelo o que parece ser mais simples: por que é tão dolorido?
Colocarei aqui o meu ponto de vista, nada científico, apenas colhido das minhas próprias experiências.
Dói porque fica o vazio das coisas que foram sonhadas e não foram feitas, dói por pensar no que poderia ter sido e que agora não mais o será. Dói principalmente por que nos sentimos incapzes e incompetentes, já que falhamos e não cultivamos o amor...
O que fazer com essa dor?
Se você é a pessoa que não ama mais, beleza! Se você é a pessoa que ainda ama, vá curtir a fossa! 
Vou explicar o motivo, agora cientificamente, mas de um jeito mais legal: toda perda gera luto. Entenda por luto como um modo que temos para lidar com as nossas perdas. O luto é bom, desde que consigamos lidar com ele de forma pró ativa, buscando uma saída. Ele (o luto) é composto de várias fases, que podem ou não virem separadas. Tem gente que pula algumas, outros que passam tempo demais em uma única. O que não podemos ignorar é que essas fases são uma forma que o ser humano tem de lidar com a perda até conseguir aceita-la e reestabelecer seu "equilibrio" novamente.
Elisabeth Kübler-Ross, M.D. (8 de julho de 1926 — 24 de agosto de 2004) foi uma psiquiatra que nasceu na Suíça e autora do inovador livro On Death and Dying, no qual ela primeiramente apresentou o agora conhecido Modelo de Kübler-Ross. Ela foi eleita em 2007 para o National Women's Hall of Fame dos Estados Unidos. (fonte: Wikipédia)
Neste livro (On Death and Dying) ela descreve as cinco fases do luto. Eu descreverei estas fases abaixo com alguns comentários meus, nem tão científicos assim:
1.Negação e isolamento: "isso não está acontecendo" (Ne: no caso do fim do relacionamento essa fase costuma durar o tempo da "útlima conversa" até um ou dois dias após a fatidíca conversa)
2.Raiva: "por que isso aconteceu comigo?" (Ne: essa fase é bem duradoura em alguns casos, minha dica é que você faça uma análise bem rigorosa de todo o relacionamento, onde você errou e o motivo das suas atitudes e saia logo dessa fase.)
3.Negociação: torcar algo pelo retorno do que você perdeu ou pode perder. (Ne: nós meninas costumamos, nessa fase, conversar com Santo Antônio. Mas pelo bem da sua auto-estima, não tente negociar com o ser que não lhe ama mais!)
4. Depressão: fase de tristesa profunda que é importante para chegar na última fase. (Ne: Chore mesmo! alugue filmes românticos, coma chocolate mas sinta o fim da relação! Há uma grande chance de que, quanto mais cedo você fizer isso mais cedo a dor vai dar lugar à compreensão e à nova vida)
5. Aceitação: "tudo vai acabar bem" (Ne: "é só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte". Você entende os motivos do fim e até concorda com eles. Pronto! Vai pra "pista" dançar e se divertir de novo e, quem sabe, encontrar um novo amor!)
Assim sendo, minha dica é:
Chore tudo o que você tem direito, lembre de todos os momentos (tanto bons quanto ruins). Uma bebedeira, para os adeptos do álcool, também é boa, porque você pode fazer um paralelo com a boa sensação boa que o álcool traz e o péssimo estado que você fica no dia seguinte com o seu relacionamento. Então você começa a perceber que foi bom, mas passou, e o jeito agora é cuidar da "ressaca" e pensar bem antes de tomar outro "porre". E enquanto o cara certo não chega, divirta-se com os errados. Mas seja honesta com eles, deixe claro que você está apenas se divertindo!
Afinal, nada melhor do que fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem com a gente!
beijos,
Ne


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sutil diferença

Uma pessoa sumida é aquela que você procura e não acha. Você tenta contato de todas as formas mas não obtém sucesso. Ou porque você perdeu os dados de contato da pessoa ou porque ela não mora mais no mesmo lugar, o número de telefone já não é o mesmo, as tentativas de correspondência eletrônica são frustradas com aquela mensagem de "falha no envio".

Uma pessoa que você nunca mais procurou e que, por sua vez, também não te procurou mais, não está exatamente "sumida". Pode simplesmente estar no lugar em que você a colocou: distante de você.

Por que eu escrevi isso? Nada não, só pra pontuar, pode ser de utilidade para alguém.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quando a chuva passar...

Não conheço nenhum relacionamento que não tenha passado por uma crise, por menor que seja. Fato: crisess são presentes  em qualquer relacionamento humano.
Somos pessoas diferentes (Graças a Deus!) e temos gostos e vontades diferentes! Em algum momento teremos um choque de gostos, vontades ou sei lá o que! O mais importante disso tudo é que a gente saiba ceder, dentro dos nossos limites, pois o outro tem os mesmos direitos que a gente.
Os homens não gostam muito, e confesso que eu também não sou muito fã de DR (discussão de relacionamento) mas elas são bem úteis! É o espaço onde ambos podem colocar em pauta frases que começam com "eu acho", "eu queria", essas coisas. Dizer como se sente e o que espera de uma relação é o melhor caminho para evitar uma briga, normalmente desnecessária! E não adianta a mulher encher o cara de DRs infinitas sem que ele nunca tenha espaço para se colocar. 
Outro ponto importante: se nenhum dos dois falar o que sente e o que pensa abrirá espaço para o outro imaginar, sonhar e criar uma realidade que não existe e que em muitas vezes é pior do que o que realmente está acontecendo. Exemplo: o namorado não liga há uma semana e a namorada começa a pensar que ele está com outra ou que simplesmente perdeu o interesse por ela.
Somos assim! Se não temos uma resposta criamos uma....
Por isso que eu digo que uma boa conversa pode evitar uma guerra! É a chave do sucesso de qualquer relacionamento.
Ok! E por que uma separada está falando em sucesso na relação?
Simples: No meu caso eles gostam menos de DRs do que eu, o que significa um nível próximo do silêncio absoluto quando se trata de conversar sobre a relação! kkkkk

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dureza masculina: Alma Gêmea?

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Parece que nasci aqui para acabar com o pouco que resta do romantismo feminino. Mulheres, não desistam, esse é o meu melhor e único conselho. Mesmo assim, não posso deixar de dar uma péssima e uma ótima notícia. Na verdade é a mesma notícia, o que ela valerá depende exclusivamente de vocês: Alma Gêmea não existe. Pronto! Aguardando os xingamentos e as reclamações. Ouvirei durante vários minutos que eu sou insensível e coisa e tal. Mas ouvirei em silêncio, como deve fazer todo homem sensato. Entrar em uma discussão feminina quando a mulher está nervosa é derrota na certa.

Nós, homens, não estamos preparados para o ímpeto destrutivo das mulheres.

Voltando ao assunto que me trouxe aqui: alma gêmea. Pois é. Se você está procurando por uma, meus pêsames. Não encontrará ninguém que tenha essa característica. Alma gêmea deve ter surgindo nos momentos alucinados do romantismo romântico lá nos idos literários de séculos passados. Hoje o romantismo romântico morreu, devemos explicações apenas ao realismo. A realidade mata, o sonho vivifica. Devemos lidar com a realidade com a insanidade do sonho, da loucura e do sorriso no rosto sem motivo. Mas sem exageros. Byronismo também não é saudável para os relacionamentos de hoje.

A alma gêmea, se ela existisse; seria tão chata. Minha opinião: seria uma desvantagem namorar, morar; beijar e qualquer outra coisa que você esteja imaginando, com uma pessoa idêntica. Os opostos é que são interessantes. A alma gêmea teria o mesmo gosto. Escolheria o mesmo prato no restaurante. Ouviria as mesmas músicas e escolheria o mesmo filme na locadora. Tédio. Mil vezes o tédio de estar em minha companhia, não sendo eu mesmo.

Mais do que não acreditar em alma gêmea, torço mesmo para que ela não exista.

A má notícia é que alguns sonhos foram por água abaixo, a boa notícia é que a não existência da alma gêmea não é de todo mal. E vamos por partes: a destruição do sonho em encontrar esse príncipe encantado é uma coisa ótima, garanto. Vocês mulheres estão sendo enganadas na ilusão de que esse sujeito, igual ou não, possa existir. Ele não existe. A pior coisa, mesmo que seja confortável, é viver na ilusão.

Portanto, se desiludam!

Não é difícil, nem pecado. É acabar logo com essa alma que nunca existiu, e mapear suas procuras. Desilusão é o caminho, a morte e a explosão de toda a ilusão de que alguém será a companhia ideal, sem problemas e reclamações. Alguém que nos entenda, que saiba dos nossos sonhos; que façam exatamente o que queremos. Existe somente uma pessoa que pode completar vocês de forma integral: vocês mesmas.

Bom, pode até ser que essa alma gêmea exista. Mas sem as configurações melodramáticas. Sem gnomos ou histórias fantásticas. É bem possível que; nessa procura incansável por alguém que valha a pena, no meio do caminho perceba que as coisas já foram resolvidas antes mesmo que vocês soubessem. Desde o nascimento, eu diria. Saberá que a alma gêmea é você, com seus defeitos e suas qualidades. Defeitos que você ignora, qualidades que você propaga.

A vantagem de conhecer a si mesmo é a de esconder aquilo que não é necessário para ninguém: nem para a nossa alma gêmea, tão escondida quanto impossível.
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domingo, 6 de novembro de 2011

O que mexe com um homem (por um homem)

"Aí vou mandar uma real pras gatas, sério mesmo, não adianta a mulherada ser linda, ser malhada, ser toda gostosa!!! Na verdade não é isso que chama atenção, mas o que realmente deixa o homem louco é o como se comporta, como você coloca os cabelos atrás da orelha, como você, quando está acompanhada, não olha para o lado, ou como você delicadamente mexe em sua bolsa. Não adianta ser gostosa gata, ser linda se na sua mente só tem merda!! Baladinha, bebidinha farra? É legal pra careleo, mas aprender a ser chique sendo humilde é mais bonito!!!! Por isso mulherada aprender a colocar os cabelos atrás da orelha é muito bom !!!!"

(por Felipe Mendes- via Facebook)

sábado, 5 de novembro de 2011

Voadoras nas costas

A voadora mais doída deve ser aquela onde você não tem a menor idéia, não consegue conceber o motivo pelo qual levou. Digo deve ser, porque eu normalmente sei o motivo das minhas!
Relacionar-se com uma pessoa que tem os mesmos princípios que você, que foi criado pelos mesmos pais já é difícil, imagine com alguém diferente! Relacionamentos não são fáceis, é necessário conhecer os desejos e necessidades do outro além de ceder, dos dois lados. Mas estamos cada vez mais longe dessa realidade, pois a cada dia estamos mais voltados para o nosso próprio umbigo... Estamos cada vez mais preocupados com o que queremos e esquecendo que a nossa felicidade, por sermos seres gregários, não é alcançada se estivermos sós.
As duas voadoras mais doídas que eu levei foi porque fui egoísta e pensei somente em mim. Não me preocupei se o outro estava com problemas ou se precisava de ajuda. Agi sem pensar nos dois casos e nos dois casos fui solenemente dispensada. E nenhum dos dois disse nada, apenas se afastaram.
Assim sendo, considero de suma importância que pensemos na felicidade e bem estar dos que amamos na mesma medida em que pensamos na nossa felicidade e bem estar.
De novo, a dica básica é:
AMOR, SORRISO NO ROSTO E BOM SENSO!
Bom final de semana!
Beijos,
Ne

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

tá difícil!

Escrever aqui, ultimamente pra mim, tem sido como tirar leite de pedra, ou melhor, como arrumar um namorado!!! Inspiração zeeeero! Desculpem meninas!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Clarice por Clarice 8

“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”
fonte: http://claricelispectorclarice.blogspot.com

Amor e Sexo

Muitas mulheres não conseguem dissociar amor e sexo, muitos homens só fazem é dissociar! Fato! Comentários do tipo "Essa é pra casar" são a expressão mais pura de que algumas são para serem amadas e outras desejadas. Mesmos nos textos masculinos que mais gostamos, vemos uma coisa ou outra dessa dissociação.
Arnaldo Jabor escreveu um livro que inspirou Rita Lee a compor uma música: Amor e Sexo.
Dissociação muito comum para o homem, mas que quando ocorre com uma mulher o preconceito rola solto! Nomes bonitos são ditos da moça "dissociadora", nomes que remetem à mais antigas das profissões... Vivemos uma fase de transição, onde estamos, homens e mulheres, tentando encontrar nosso lugar no meio de tantas "inovações" nos relacionamentos. Adicionado a isso temos a visão do pecado, pregada em todas as religiões que eu conheço...
Ai... Difícil isso!
E aí?! O que vocês acham???
Beijos,
Ne

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Conceito do homem beta: em construção...

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Sabe aquela conversa: as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental? Balela. O homem beta não acredita nessa pureza da beleza. Um dia o mundo cai, lei da gravidade. Grave mesmo é amar o belo, tão perecível. O homem beta entende a natureza; amar o belo pode ser para sempre: curtindo a anatomia do tempo. Mas ele é diferente, o beta. Ele não é como qualquer outro homem, tipo predador; caçador e carnívoro. Beta não gosta de celulite, mas não repele que a tenha. Nem quer o silicone tão turbinado: mulher é mulher mesmo em sua essência não tão essencial.

Mas digo uma coisa: sujeito infeliz esse pobre Beta, um sujeito em construção.....

Eu resolvi escrever isso não para defender uma causa masculina; na verdade os homens são solidários apenas na divisão do churrasco e cerveja. Escrevo para as mulheres, oras. Mulher tão difícil de entender, ao mesmo tempo tão transparente. Acho que as mulheres são, quase sempre, verdadeiras. Muito mais do que os homens. O grande problema é que essa verdade é muito vulnerável: é e não é. Gosta da noite, mas também do dia, vice-versa. E nesse emaranhado de coisas opostas, o homem beta é o mais prejudicado. Como eu disse, sujeito infeliz esse beta.

Antigamente a Amélia era a mulher de verdade. O beta, com seu jeito simples e amoroso; fez cair por terra essa mentalidade. Mulher sem nenhuma vaidade? Deve ser péssimo ficar ao lado de uma mulher que não se arruma; não se pinta e não passa um perfume. O beta enterrou o passado feminino e adquiriu anticorpos da mulher feminista: a revolução de muitas mulheres teve espaço para poucos homens.

Mas o grande problema começa exatamente ai: a revolução não foi completa, foi superficial. No fundo o critério alfa ainda faz mais sucesso: a mulher adora um sofrimento. Nelson Rodrigues? Que nada. A mulher adora correr atrás de um alfa, como gente pidona. Alfa tem resposta na ponta da língua, não pondera. Alguns são cavalheiros, por que não? Levam flores e chamam para jantar; mas mesmo assim não deixam de ser alfas: caçadores implacáveis. A mulher se sente atraída por esse tipo de paisagem estática machista. A malevolência do beta causa estranheza no instinto; como se o beta não nascesse para procriação (mas eles procriam).

São cenários diferentes onde a mulher procura o seu papel.

O beta é infeliz por causa disso: tanto mais dedicado beta ele for, tanto mais a mulher cobrará sua rudeza alfa. Os alfas sobrevivem na selva de pedras das baladas; dos shows e dos bares. O beta é incompreendido. Não que o beta seja a melhor coisa do mundo, falta nele o que as mulheres chamam de atitude. Alfa destrói o relacionamento, o beta não sabe reconstruir. Alfa põe o nome na história (para o mal e para o bem), o beta deixa a delicada sensação de nostalgia, mas que não é necessário (nem prudente) ser revivida.

A paixão alfa e o amor beta.

A notícia boa para os betas, se é que algum está lendo isso; é que o beta tem poucos anos de experiência; por isso ele pode melhorar. Alfa nasceu nos primórdios, portanto na cadeia dos elementos históricos tem mais coisas para contar. A mulher nunca se arrepende de sair com um alfa, ao mesmo tempo se arrepende de tê-lo conhecido. Com o beta ela se arrepende de não sair; mas ao mesmo tempo fica entediada com o encontro. Quem faz inflar o coração? Depende. Portanto a pergunta básica que as mulheres querem saber dos betas é: Um dia vocês saberão se apaixonar com o mesmo gosto quem tem por amar?

Betas não criaram condições para a aproximação dos alfas, e os alfas querem distâncias dos betas: não haverá entre eles qualquer acordo que façam dessa dicotomia sexual um homem diferente apenas com qualidades que a mulher deseja. A mulher ganha e perde com os dois, resta saber o que ela quer ganhar e o que ela quer perder.