Vim aqui para destruir. Quem quiser me
acompanhar, daqui para frente, deve saber uma coisa: não serão palavras
bonitas. Quem continuar, nas próximas linhas; ainda que em caráter de
curiosidade, deve se precaver: serei extremamente arrogante, incomum;
verdadeiro. Talvez a época do ano, onde o sentimentalismo queira falar tão alto
ou talvez a Nova Era. Sentimentalismo uma ova! Queremos é mais!
Homens e mulheres querendo de forma igual,
mas em matéria diferente. Homem biológico, mulher botânica. Nova Era?! Que se
dane o novo ser humano, ele ainda é primitivo demais para ser albergue da
própria alma. O ser humano precisa amar! Mas o amar não tão singelo, nobre. O
amar do rompimento! Amar da própria paixão. Amar da inconsciente paixão! Amar
de errar muito, mas acertar quase sempre. Errar da cobiça, dos sete pecados;
amar infernal.
Homens precisam demonstrar “autorretenção”.
Caíram demais na ladainha feminina, de príncipes e coisa e tal. O homem nobre
fracassou, hoje está no ostracismo da sala, assistindo um filme idiota. Homem
precisa fincar território, como cachorro que mete os pelos pelas mãos e mija em todo canto do quintal. Homem que
é homem precisa morder, ainda que de leve, ainda que consentida mordedura.
Precisa marcar sua presa, mais além, marcar sua presença. As mulheres estão
sentindo falta desse homem primitivo, de amor impensado e horas indeterminadas:
cozinha, banheiro; com colchão ou não.
Mulheres sonsas são mulheres tão mais
solitárias que as atiradas. A mulher que se entrega sempre; merece não se
entregar nunca. Tem que ser determinada, objetiva. Menos Atenas, mais Amazonas.
Mulher que quer porque quer, quase sempre não diz e convence ser servida.
Mulher precisa pedir o esporro; decidir pela hora do xingamento; querer muitas
vezes ser atrevida. Mulher que se atreve é complicada, mas também salutar. O
casal agradece.
Mulher e homem estão numa mesmice de dar
dó. Mas o homem anda perdendo território; sempre digo isso. Homem que é o sexo
menor, menos conformado; mais exigente. Mulher não se conforma com uma porção
de coisa, mas nunca pelo fato de ser mulher. Algumas mulheres até gostam da
presença das mulheres (como homens se sentem bem com os homens). Mas nesse
caso, sujeito específico do meu falatório: heterogeneidade dos sexos. Falo por
causa própria: adoração pelas mulheres. A mulher se conforma em ser ela mesma, mas
quase sempre quer emagrecer; mesmo quando não está nada gorda.
Fictício ou não, não sei se acredito ou
devo acreditar em tudo que escrevo. Escrevo hoje com raiva, delirando. Escrevo sem
pensar muito naquilo que vão dizer sobre o que eu infelizmente digo. Mas parece
ser preciso, como uma espécie de sadomasoquismo literário, sofrido; “aromanceado”.
Quero escrever sobre os homens que se sentem poderosos; mas estão a cada dia
menos homens. Quero escrever sobre as mulheres, que andando seduzindo, e menos
sensuais. Fazer um roteiro pornográfico, onde os personagens principais se
amam, mas broxam em cada cena. O amor, nos dias de hoje, são de mulheres mal
amadas e homens estupidamente sábios. O amor perdeu a graça, tão rápido e
instantâneo. Só pode existir pelo álcool, algumas vezes pela droga; outras pela
inaptidão certeira de amar.
Desaprendemos amar, essa geração tão infrutífera.
Mas o amor...
Mas o amor...
Ah! Mas nada melhor do que o amor para acalmar os ânimos. Sentar-se a frente ao mar, olhar pacientemente as ondas. Que frases te digo tão novas? Sempre as mesmas. Mas me escuta com paixão, ouve minhas relíquias. Nós nos beijamos calorosamente. Que planos tão maravilhosos, que amor que reconstrói todas minhas dúvidas; que rosto magnificamente belo.
Olhamos para o Sol, deitando esplêndido. Assim
me regozijo de todas as palavras que não disse e me arrependo de todas que nunca
deveria dizer.